Nós esperamos sentir culpa quando pecamos porque sabemos que a tristeza segundo Deus é essencial para o arrependimento verdadeiro. Mas, é possível que confundamos a vergonha com a culpa.
A culpa é uma emoção universal. Mas para pessoas religiosas, sentimentos de culpa podem ser piores porque acreditamos que não somente temos feito mal para outra pessoa, mas também temos ofendido Deus. Há uma diferença entre a culpa, que nos indica que temos feito algo errado, e a vergonha, que nos indica que somos pessoas más.
Deus está tão desapontado comigo. Ele não me amará até que eu me arrependa. Se eu somente conseguir superar isso, tudo estará bem perante Deus novamente e Ele poderá me abençoar. Essas são as ideias vergonhosas que Satanás nos dá. É fácil confundi-las com sentimentos de culpa, que podem nascer de um desejo de ser aberto e próximo a Deus. Ambos podem levar-nos ao arrependimento; embora, as vezes sentimentos de culpa possam continuar a sobrecarregar nosso autovalorização, mesmo depois de termos arrependido sinceramente.
Pensamentos cheios de vergonha são contrários ao caráter de Deus e a atitude que devemos ter em relação ao pecado e ao arrependimento. Sabemos que o amor de Deus é invariável, sua paciência é infinita, e sua confiança em nos é eterna. Sabemos que por meio da Expiação de Jesus Cristo, o pecado pode ser perdoado e abandonado.
O amor de nosso Pai Celestial não depende de nosso bom comportamento. Ele sabe, que não vamos ser perfeitos nesta vida e Ele nos dá fraquezas para nos ensinar humildade e dependência Dele. A medida que voltamos nossos corações a Ele e confiamos em nossa própria bondade—confiamos que realmente estamos nos esforçando para tornarmos semelhante a Jesus Cristo—nossas mentes podem ser claras. Começaremos a ver a diferença entre a vergonha segundo o diabo e a tristeza segundo Deus, e perceberemos que o amor de Deus tem nos acompanhado o tempo todo (ver 1 João 4:8, 16).
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Fonte: Liahona
—Mark T. Hales, Mormon Insights
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Traduzido por Karynne Arthur, Mormon Insights
Foto cortesia de (c) Jean-David Lafontaine